sábado, 26 de fevereiro de 2011

Piadinha com a concorrência (2)

Lembram deste post?

Confiram o novo comercial da NISSAN


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ciclo de vida do produto

Como já explicamos aqui no blog, os 4Ps de marketing (que compõem o mix de marketing) são: produto, preço, praça (distribuição e ponto de venda) e promoção. Estas são as ferramentas que um profissional de marketing tem à disposição para criar e gestionar produtos e serviços e farão parte de qualquer ação ou estrátegia de marketing.

Outro conceito também bastante presente é o do ciclo de vida do produto, que funciona assim: dependendo da penetração que tenha no mercado, um produto ou serviço pode estar em um dos 5 estágios abaixo.

Desenvolvimento (Investimento alto / Retorno zero)

Aqui o produto está em fase de pesquisas, testes, protótipos, etc. Pode ser que nem passe desta fase.


Introdução (Investimento alto / Retorno baixo)

Produto em lançamento e ainda um pouco desconhecido pelo mercado.


Crescimento (Investimento médio / Retorno alto)

Produto já ultrapassou 10% dos seus objetivos para a fase de maturidade.


Maturidade (Investimento médio / Retorno médio)

Produto já ultrapassou 95% dos seus objetivos para a fase de maturidade.


Declínio (Investimento alto / Retorno zero)

Produto começa a ser substituído pelos dos competidores, a tecnología se torna obsoleta e as vendas começam a cair..

Para cada uma destas fases, existe uma estratégia a ser aplicada em cada uma das 4Ps. São orientações genéricas, mas que acredito serem bastante úteis. Ah, o conceito de ciclo de vida também pode ser aplicado a mercados (e não só a produtos). O mercado de energia solar está em crescimento, por exemplo, e o de CDs, em declínio.

A tabela abaixo indica estratégias específicas para cada uma das 4Ps em virtude do estágio em que o produto esteja de seu ciclo de vida.


Introdução

Crescimento

Maturidade

Declínio

Objetivo

Conhecimento de marca (awareness)

Diferenciar

Lealdade / Fidelidade

Deletar ou “colher os frutos”

Produto

Um

+ versões

Linha completa

“best sellers”

Preço

Premium ou de penetração

Ganhar mercado

Lucrar / defender mercado

Continuar rentável

Promoção

Informar

Diferenciar

Lembrar

Mínimo de promoção

Praça (Distribuição)

Limitada

+ pontos de venda

Máximo de pontos de venda

Menos pontos de venda

Um produto que está em queda não precisa necessariamente acabar. É possível adaptar e relançar praticamente qualquer coisa, mas essa é uma alternativa cara – requer uma boa inversão em publicidade.

Por outro lado, pode ser mais rentável que lançar um produto novo. A indústria automobilística por exemplo, relança seus produtos a cada ano, com algumas alterações (corsa 2004, corsa 2005, etc...). O modelo anterior morre, mas o produto volta ao estágio de introdução.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A década da Espanha


Neste post, quero aproveitar o exemplo de uma organização que estabeleceu um objetivo, desenhou a estratégia correta para atingí-lo e conseguiu o que queria, para mostrar que a idéia pode ser aplicada a qualquer tipo de empresa ou mercado.

Nos últimos 10 anos, os esportistas espanhóis tiveram o que eles chamam aqui de “década de ouro”. A Copa do Mundo que levantaram no ano passado é somente o mais proeminente de uma série de títulos em diversas categorias. Nos últimos anos, a Espanha ganhou: 1 Eurocopa e 1 Copa do Mundo de futebol, 4 copas Davies de tenis, 2 Campeonatos de Fórmula 1, 1 Mundial de Handball, mais de 40 medalhas de basquete (mundial, olimpíadas, etc.), entre muitos outros.

Há algumas semanas tive a oportunidade de escutar uma palestra de um importante dirigente desportivo espanhol, Gerardo Gonzále Otero. Entre outras funções, ele foi secretário geral da Real Federación Española de Fútbol (a CBF daqui) entre 1992 e 2002. Na palestra, ele contou que a Espanha está colhendo agora o que plantou em 1992, quando sediou os jogos olímpicos em Barcelona.

Desde que se candidataram a ser sede dos jogos olímpicos, os espanhóis passaram a investir, segundo o diregente, em 3 áreas prioritárias – com o objetivo de se tornarem uma potência mundial desportiva.

a) contratar os melhores técnicos de cada modalidade
b) infraestrutura

c) patrocínios aos atletas que se destacavam em cada modalidade.

Pessoalmente, não acredito que o objetivo da política desportiva de um país deva ser conseguir medalhas, mas o fato é que a Espanha estabeleceu uma série de objetivos (excelência desportiva em várias modalidades) e conseguiu atingí-los com sobras.

A estratégia usada pelos espanhóis também tem dado certo para muitas empresas. Investir em profissionais capacitados, dar-lhes toda a infraestrutura necessária para crescer e premiar os mais capazes por seus feitos são um tripé poderoso que pode ser usado por empresas de qualquer segmento.

Uma pena que o Brasil, com a oportunidade de sediar uma Copa do Mundo e também os jogos olímpicos nos próximos anos, não tenha ainda objetivos definidos. Nossos dirigentes atá agora não sabem se preferem ganhar medalhas, educar através do esporte, melhorar a imagem do país ou aumentar o turismo. E, se sabem, ainda não me contaram... talvez não queriam que a gente saiba, rs.

Próximos passos para a Espanha

O palestrante também apontou alguns caminhos e coisas importantes para o futuro dos esportes e dos negócios deste mercado. De acordo com ele, os clubes e federações deveriam investir na gestão tanto quanto investem nos jogadores e técnicos. Contratar um ótimo diretor de marketing pode ser mais importante que saber quem será o próximo Messi ou o próximo Ganso. De fato, profissionalizar a gestão dos clubes não só é uma boa idéia como é também algo que já está em marcha no Brasil.

Há algum jogador na sua empresa que não está conseguindo acompanhar a equipe? É possível ensiná-lo a chutar com os dois pés? Quanto custa contratar o melhor do mundo para a sua posição?

Ps: Desculpem a demora para atualizar o blog nos últimos dias. Tivemos umas semanas um pouco tumultuadas, mas logo voltaremos ao ritmo normal!