segunda-feira, 17 de março de 2014
O mundo em que pagar para ter acesso à educação não terá mais sentido
Você conhece o cara desta foto? Ele é responsável por algumas transformações na área de educação que vão mudar a forma como seus filhos irão às escolas.
Para quem não sabe, este é Salman Khan, o criador da Khan Academy, uma organização sem fins lucrativos de educação online, que busca universalizar os temas básicos da educação. A idéia é transformar o portal criado por ele em uma sala de aula gratuita e global, onde todos possam aprender juntos!
Kahn começou publicando aulas de matemática, usando poucos recursos, vídeos curtos e incrivelmente didáticos. Logo, os assuntos foram se diversificando (“Sal” era analista de fundos multimercado, e dá aulas sensacionais de economia!), a equipe cresceu, os patrocinadores também e a plataforma se aperfeiçoou.
Hoje, já é possível assistir a aulas de história, arte, química e muito mais. Eu mesmo já usei bastante o site para relembrar conceitos de lógica, probabilidade e outras coisinhas que contam bastante na hora de prestar o exame da ANPAD.
O modelo de negócio de Kahn não é muito revolucionário, visto que a educação à distância já é uma realidade há bastante tempo e visto também que já existem diversas instituições oferecendo seus cursos via internet. Mas ele é =)
A sacada de Khan foi deixar todo o conteúdo livre e se orientar (SEMPRE!) pelas necessidades de seus usuários/clientesalunos. As grandes universidades, por exemplo, não detectaram que era melhor diminuir a duração dos vídeos e ir direto ao ponto. Ao invés disso, pegaram os cursos presenciais, gravaram e colocaram na internet. Se os cursos na internet têm um público-alvo totalmente diferente do presencial, por que o conteúdo e a forma deveriam ser os mesmos?
Bom, escrevi isso tudo porque ouvi uma entrevista do Salman Khan esta semana na Harvard Business Review, na qual lhe fizeram a seguinte pergunta:
HBR: “A Khan Academy está claramente quebrando conceitos na educação. Ela significa o fim de alguns participantes desse mercado?"
Khan: “Ainda que a Khan Academy não existisse, o mundo no qual um modelo de negócios está baseado em cobrar pelo acesso à informação – e não falo nem de informação nova, mas sim de ciências de 300 anos, como a matemática – está sumindo. Acredito que os editores reconhecem isso e enxergam oportunidades neste cenário”.
Essa foi uma das mais incríveis avaliações de modelo de negócio que eu já vi. Depois de lê-la, parece óbvio... o mundo mudou, a informação está cada vez mais acessível e as próximas gerações não vão pagar por modelos de negócio que não criam valor para suas vidas.
Por isso, devemos correr atrás de modelos de negócios que substituam propostas ultrapassadas e antigos. Modelos mais sustentáveis, por exemplo. Como estará sua empresa daqui a 5 ou 10 anos? Você continuará entre os melhores fazendo o mesmo que fez na semana passada?
A boa notícia é que já existem ferramentas incríveis para avaliar e criar modelos de negócios. A principal delas é o Canvas – nosso tema para o próximo post. Até lá!
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Pedro Conte
segunda-feira, 10 de março de 2014
Marketing & Dia da Mulher
Tentei fazer um post sobre Marketing & Carnaval, mas a
verdade é que não achei referências criativas para mostrar aqui. Queria falar
sobre empresas que aproveitaram a oportunidade para criar campanhas relacionadas
à maior festa do Brasil, mas só encontrei mais do mesmo.
(De qualquer forma, quem tiver interesse, veja aqui algo
sobre isso que saiu na EXAME).
Resolvi falar então sobre Marketing & Dia da Mulher. Entre
piadas cansativas e elogios bonitinhos, li algumas coisas a respeito
da mulher e sua conquista no mercado de trabalho. Quase tudo que eu li também
foi mais do mesmo. Eu não sou muito fã de polêmica que é mais resultado de um senso comum do que de uma opinião própria. E, sobre esse assunto, eu acredito que o lugar no mercado vai ser conquistado para
quem quer suar a camisa e para quem entender que dinheiro é simplesmente consequência.
Seja homem ou mulher, se você não tem preguiça de fazer e acontecer para
realizar um bom trabalho, seu lugar no topo está garantido.
Bom, mas por que razão então esse assunto ainda é tão
polêmico? Pensando em cargos de liderança e, apesar do número crescer a cada
ano, a % de homens ocupando um cargo de líder ainda é maior. Por isso, baseado
apenas no fato de eu ser mulher e de ocupar um cargo de gerência, escrevi
algumas características femininas que podem atrapalhar na busca e/ou na permanência
em um cargo de chefia. Eu não me baseei em nenhuma pesquisa, é só o meu ponto de vista de acordo com
minha realidade.
(E seria legal se vocês comentassem com mais opiniões =)
SENTIMENTO DE CULPA: do mesmo jeito que há mulheres que não
querem ter filhos para não interromper a carreira, têm mulheres que não querem
assumir tantas tarefas no trabalho para não atrapalhar as outras
responsabilidades pessoais (ter filhos, cuidar dos filhos, da casa, dos pais, etc). A
boa notícia é: os homens preferem que a gente trabalhe! Quem não quer viver com
dois salários no começo do mês? E, como consequência, eles estão cada vez mais dispostos
a dividir tarefas de casa. Dessa forma, eles dividem também o sentimento de
CULPA e nos ajudam a administrá-lo.
DIFICULDADE PARA TRABALHO EM GRUPO: quem já ouviu a piada de
que uma moça encontra outra saindo do cabeleireiro e elogia o novo corte;
quando a outra vira as costas, reclama pra amiga: “na verdade ficou horrível”.
Já o homem encontra o amigo na mesma situação e não hesita em xingar o novo
corte e, quando vira as costas, comenta que ficou legal. Mulher é assim! Funciona
como um paradigma mundial que parece invencível. Enquanto não aprendermos a agir de forma mais sincera e menos emotiva, especialmente com
outras mulheres, teremos dificuldade em liderar grupos.
EMOÇÃO: chorar no trabalho é ridículo e imperdoável. Toda
vez que você fizer isso, você perde sua razão. E com toda razão.
E aí? Concordam?
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