terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A década da Espanha


Neste post, quero aproveitar o exemplo de uma organização que estabeleceu um objetivo, desenhou a estratégia correta para atingí-lo e conseguiu o que queria, para mostrar que a idéia pode ser aplicada a qualquer tipo de empresa ou mercado.

Nos últimos 10 anos, os esportistas espanhóis tiveram o que eles chamam aqui de “década de ouro”. A Copa do Mundo que levantaram no ano passado é somente o mais proeminente de uma série de títulos em diversas categorias. Nos últimos anos, a Espanha ganhou: 1 Eurocopa e 1 Copa do Mundo de futebol, 4 copas Davies de tenis, 2 Campeonatos de Fórmula 1, 1 Mundial de Handball, mais de 40 medalhas de basquete (mundial, olimpíadas, etc.), entre muitos outros.

Há algumas semanas tive a oportunidade de escutar uma palestra de um importante dirigente desportivo espanhol, Gerardo Gonzále Otero. Entre outras funções, ele foi secretário geral da Real Federación Española de Fútbol (a CBF daqui) entre 1992 e 2002. Na palestra, ele contou que a Espanha está colhendo agora o que plantou em 1992, quando sediou os jogos olímpicos em Barcelona.

Desde que se candidataram a ser sede dos jogos olímpicos, os espanhóis passaram a investir, segundo o diregente, em 3 áreas prioritárias – com o objetivo de se tornarem uma potência mundial desportiva.

a) contratar os melhores técnicos de cada modalidade
b) infraestrutura

c) patrocínios aos atletas que se destacavam em cada modalidade.

Pessoalmente, não acredito que o objetivo da política desportiva de um país deva ser conseguir medalhas, mas o fato é que a Espanha estabeleceu uma série de objetivos (excelência desportiva em várias modalidades) e conseguiu atingí-los com sobras.

A estratégia usada pelos espanhóis também tem dado certo para muitas empresas. Investir em profissionais capacitados, dar-lhes toda a infraestrutura necessária para crescer e premiar os mais capazes por seus feitos são um tripé poderoso que pode ser usado por empresas de qualquer segmento.

Uma pena que o Brasil, com a oportunidade de sediar uma Copa do Mundo e também os jogos olímpicos nos próximos anos, não tenha ainda objetivos definidos. Nossos dirigentes atá agora não sabem se preferem ganhar medalhas, educar através do esporte, melhorar a imagem do país ou aumentar o turismo. E, se sabem, ainda não me contaram... talvez não queriam que a gente saiba, rs.

Próximos passos para a Espanha

O palestrante também apontou alguns caminhos e coisas importantes para o futuro dos esportes e dos negócios deste mercado. De acordo com ele, os clubes e federações deveriam investir na gestão tanto quanto investem nos jogadores e técnicos. Contratar um ótimo diretor de marketing pode ser mais importante que saber quem será o próximo Messi ou o próximo Ganso. De fato, profissionalizar a gestão dos clubes não só é uma boa idéia como é também algo que já está em marcha no Brasil.

Há algum jogador na sua empresa que não está conseguindo acompanhar a equipe? É possível ensiná-lo a chutar com os dois pés? Quanto custa contratar o melhor do mundo para a sua posição?

Ps: Desculpem a demora para atualizar o blog nos últimos dias. Tivemos umas semanas um pouco tumultuadas, mas logo voltaremos ao ritmo normal!

Um comentário:

  1. Eita Brasil!

    Se os nossos dirigentes decidirem o que fazer até a Copa eu te conto... Se virar Copa né?

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