terça-feira, 10 de maio de 2011

O poder da marca (para um país)


O esforço para construir uma marca de um país ou de uma cidade é bem mais complexo que o de criar uma marca “comum”. Leva anos e exige investimento e cooperação de diversos fatores como governo, população, economia, imprensa, sorte, etc. Contudo, o retorno é diretamente proporcional ao tamanho do esforço. Uma vez estabelecida, uma boa imagem para um país, cidade ou região gera frutos por anos.

Estou falando do assunto porque tenho acompanhado, há algum tempo, a imagem que o Brasil tem no exterior e vejo uma série de oportunidades que as (pequenas, média ou grandes) empresas brasileiras poderão aproveitar.

O Brasil sempre teve uma imagem de país acolhedor, gente bonita, natureza e futebol impressionantes e um nível de pobreza relativamente alto. Esta não é a melhor imagem do mundo, mas também não deixa muito a desejar. Entre os países do hemisfério sul, pode-se dizer que ocupamos um lugar de destaque.

A notícia boa é que, este conjunto de valores agora vem acompanhado da imagem de um país economicamente forte e com boas projeções para o futuro. O que isso muda para as empresas brasileiras? Que agora, além de tudo o que tinha para oferecer, os negócios brasileiros carregam o selo de país acolhedor-economicamente-forte-e-com-boas-projeções-para-o-futuro.

Há outros países que compartilham estas condições com o Brasil, mas, deste grupo, somos o país culturalmente mais próximos dos donos das carteiras que realmente importam. Ou seja, pessoas do mundo tudo, ao buscar um lugar para investir, pensam com carinho no Brasil.

Para aproveitar o ambiente favorável, eu recomendo que você coloque nos planos da sua empresa alguma ação relacionada com outros países. Estabeleça metas, forme funcionários em inglês, espanhol, alemão, chinês, etc., participe de feiras, troque informações com profissionais de outros países, busque fornecedores externos, exporte, procure saber que incentivos o governo oferece para esta área, faça um intercâmbio.

Se você tem uma escola, por exemplo, poderia procurar um professor de outro país que fale português. Ele provavelmente ganha mais em seu país de origem do que você pode oferecer, mas talvez abra mão do dinheiro pela curiosidade de conhecer outro país e curtir o nível de vida que se tem no Brasil.

Claro que há gente qualificada e mercado no Brasil para quase todo tipo de produto. Claro que vale a pena investir aqui dentro. Mas isso não quer dizer que precisamos fechar os olhos para todos os outros 6,5 bilhões de pessoas à nossa volta.

Em tempo: esse post, assim como este, vale para quem tem a empresa em forma. Se você não atua bem “jogando em casa”, dificilmente vai conseguir vitórias na casa do adversário.

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