terça-feira, 13 de março de 2012

Mapas x GPS



No último post, bloguei um texto bem bacana do Pedro Camargo sobre o neuromarketing. O texto compara as pesquisas de mercado tradicionais (modelos como questionários, etc.), que “pedem” informação aos consumidores, com o neuromarketing, que “extrai” as informações diretamente do cérebro deles.

A tese do autor, mal resumindo, é a de que as pesquisas tradicionais são muito influenciadas pela memória dos consumidores e por seu estado de espírito, o que não traduz necessariamente a realidade. Além disso, este tipo de pesquisa cobre somente dados do passado e não assume que uma infinidade de eventos e comportamentos diferentes ainda possa acontecer e não foi considerada.

O neuromarketing, por outro lado, tem a capacidade de identificar comportamentos no momento em que eles ocorrem, captando-os antes de que passem pelos filtros emocionais.

Eu acredito que muito do futuro do marketing passa por estudos neurológicos, mas acho que esta é uma técnica que vai influenciar muito mais determinadas áreas que outras. O varejo, por exemplo, ficará cada vez mais adaptado às nossas reações físicas, mas outras áreas (como B2B, por exemplo) sofrerão pouca influência.

Hoje, a maioria das empresas não têm o que fazer com neuromarketing. Primeiro, porque não têm dinheiro. Segundo porque há inúmeras outras áreas a serem desenvolvidas e que farão mais diferença.

Neuromarketing é uma fronteira para as companhias que já têm seus mercados estagnados e lutam para crescer 0,05% a mais, dentro de um faturamento de centenas de milhões. A grande maioria das empresas, no entanto, ainda tem diversas frentes para trabalhar.

Se esse é o seu caso, continue fazendo as pesquisas tradicionais e usando os dados para agir. Mapa não é a mesma coisa que GPS, mas costuma funcionar tão bem quanto. E é muito mais barato.

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